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Home  ›  arte  ›  DanielLuiz  ›  Henrique Barbieri  ›  Vanessa Barbieri

Que tal incentivar as crianças a fazerem seus cartões de Natal?

Quem tem uma rotina diferente dessa é praticamente exceção, não é mesmo?
Na época do Natal, o jeito moderno de enviar votos às pessoas queridas costuma envolver redes sociais, e-mail, SMS, WhatsApp, etc. Mas o modo mais tradicional, cartões impressos e de papel, ainda fazem a alegria do Natal de quem vai recebê-los.
Esse ato singelo pode sugerir muito no imaginário das crianças, principalmente se elas participam da confecção do cartão. “Estimular a criança a fazer seu próprio cartão de Natal é muito positivo, pois estamos incentivando a criar, pensar no outro e, acima de tudo, estamos ensinando que não é necessário comprar”, apoia Itamara Barra, coordenadora pedagógica do colégio Nossa Senhora do Morumbi.
Isso sem falar que, para os pequenos, entregar algo que eles mesmos fizeram estimula o espírito de doação e preocupação com o próximo.
Na casa de Ana Claudia Gonzalez, 31, assistente de marketing, o cartão passou a fazer parte do Natal quando o pequeno Enzo começou curtir montar a árvore com a mãe, aos 3 anos de idade.
“O Enzo via as árvores na TV, nos shoppings, todas cheias de presentes e perguntou certa vez por que a nossa não tinha tantos assim. Aqui em casa não temos o costume de dar presentes para toda a família. Então expliquei para ele que, no lugar dos presentes, podemos mandar cartões com mensagens especiais para quem amamos e que isso era mais importante”, revela.
Hoje, aos 5 anos, ele já se adianta para fazer os cartões e colocá-los na árvore. “Pra minha família eu dou os cartões, mas para o Papai Noel, eu deixo biscoitos na árvore. Aí, ele deixa um presentinho”, conta o menino.
Na família Massaoka, os avós são os grandes “arteiros” do Natal. “Antes de se aposentar, meu pai Yutaka foi transferido muitas vezes a trabalho, tanto de cidade quanto de estado. Com isso, houve a necessidade de cultivarmos amigos distantes”, lembra-se Paula Massaoka Hyai, 35 anos, dentista.
Naquela época, sem internet, a mãe de Paula, Marina, pedia a ela ajuda para colar os envelopes e preencher os remetentes e destinatários. “Eram mais de cem! Todo Natal era assim, pura diversão!”, conta Paula.
Hoje mãe de Henry, 2 anos, e grávida de 7 meses, ela conta que a tradição que começou na infância, perdurou até os dias de hoje. “Os cartões continuam a ser enviados pelo correio, mas agora, com fotos dos netinhos. Mandamos as fotos para o e-mail do meu pai, que edita e faz um cartão digitalizado. Após a impressão, minha mãe se encarrega de enviar para os amigos e familiares”, detalha.
Para ela, as fotos impressas em forma de cartão foram uma solução prática e falam muito mais do que palavras enviadas por um e-mail. “É uma forma de dizer a quem nos quer bem que nos importamos com eles e desejamos o melhor! Mesmo sendo uma vez ao ano”, acredita a dentista.
Paula conta que, apesar dos sobrinhos e filho serem novinhos, eles adoram esse ritual, principalmente quando encontram um cartão desses na casa de algum parente.
“Eles ficam muito felizes! Além do cartão feito pelos meus pais, meus irmãos e eu fazemos um outro dos nossos pequenos. Henry entrega pessoalmente aos amigos e parentes que encontramos. E hoje, outros amigos nos presenteiam com lindos cartões fotográficos. Uma delícia! É uma alegria vê-los trocando entre si!”, revela a mãe.

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