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Home  ›  conselho  ›  família grande  ›  família numerosa  ›  muitos filhos  ›  o que fazer

11 coisas que uma mãe de muitos filhos quer que você saiba

Ter uma família grande, como nos tempos das nossas avós, pode parecer algo impossível para muitos casais, seja pelo alto custo de vida ou pela dificuldade em organizar a rotina de uma família com tantos membros.

Algumas mulheres, no entanto, têm andado na contramão das casas com filhos únicos e realizado o sonho de dar à luz várias crianças.

A tarefa não é fácil, mas também não é impossível, como mostram duas mães, que revelaram como organizam a rotina da casa e aproveitam - sem crise - o que a maternidade em grandes doses tem de melhor.

Aqui, elas contam algumas experiências e verdades que envolvem o dia a dia de um lar cheio de gente e de amor.

1. Uma família grande nem sempre está nos sonhos de toda mãe de muitos filhos

Ao contrário do que muitos pensam quando veem a casa da publicitária Fernanda Martins Moraes cheia de crianças, ela não planejou ter muitos herdeiros. “Uma família grande não esteve sempre nos meus sonhos, mas a ideia começou a surgir para mim de repente. Depois do primeiro filho - que foi muito desejado - comecei a pensar como seria bacana ter mais filhos!”, conta a mãe de Arthur (5), Matheus, Maria e Lucas (1) e madrasta de Kaique (18 anos). Na foto abaixo, toda a turma, incluindo o marido, Oscar Henrique Escate Zarate, designer gráfico.

2. A carreira não é a única forma de satisfação pessoal

Algumas mães se sentem culpadas por deixar o filho após a licença-maternidade e acabam optando por abandonar a carreira para cuidar da prole. Essa foi a difícil decisão tomada por Renata Campos Desta, professora, 42 anos, mãe de Isadora (13), Luiza (10), Ingrid (8), Victor, Henrique e Maysa (1 ano).

“Não foi fácil lidar com as críticas. Muitas amigas disseram que eu estava me anulando. O que elas não entendem é que ser mãe me dá uma satisfação muito maior do que qualquer trabalho. Eu me sinto totalmente realizada. Talvez no futuro eu volte a trabalhar, mas agora só quero curtir a infância dos meus filhos e ser a mãe que sempre sonhei ser e que meus filhos merecem ter”, diz.

Ela confessa que a decisão afetou muito a renda da família, mas eles aprenderam a viver com menos. “Eu não preciso trocar de carro todo ano para ser feliz”, avalia.

3. Nem sempre é preciso abrir mão do trabalho para cuidar dos filhos

Conciliar carreira e maternidade é o desafio que toda mulher enfrenta após a chegada dos herdeiros. E se um filho gera preocupação, imagine quando a turma é grande? Fernanda, por exemplo, reconhece que a maternidade afetou sua carreira.

“Hoje trabalho menos, tive que abrir mão de algumas coisas e não consigo mais me dedicar em tempo integral à vida profissional como fazia antes. Mesmo assim, não mudaria nada. Acredito que vale a pena. O primeiro ano deles foi mais complicado. Agora já estão todos na escola e tenho ajuda de babás, que tornam possível que eu continue trabalhando fora. Amo ser mãe, mas também amo trabalhar”, conta Fernanda.

4. A organização faz parte da rotina de uma família grande

Administrar o dia a dia de uma família com muitos integrantes não é tarefa simples, mas a missão se torna possível com a ajuda de um bom cronograma. “Na minha casa existe uma rotina bem organizada com algumas planilhas, listas, agendas. Tem dia certo para fazer supermercado, dia de quem leva e quem busca na escola... Mesmo assim, muitas vezes imprevistos acontecem e as coisas saem um pouco da rotina”, conta Fernanda.

Para ela, o segredo para não deixar nenhum compromisso de lado é colocar tudo na ponta do lápis e compartilhar com os integrantes da família. Na casa da Renata, uma lousinha presa na parede da cozinha a ajuda a organizar os horários. “Faço a tabela da semana com todos os horários das crianças e compromissos da família. Deixando tudo bem visível, os pais não esquecem nada”, sugere.

5. Disciplina se torna essencial em uma casa com muitas crianças

Brincar o dia todo é bom, mas criança tem que ter horário para comer, dormir, fazer lição ou tomar banho. Isso garante não só que todas as tarefas sejam feitas, mas também que eles se acostumem a seguir ordens.

“A regra é manter os horários estabelecidos para almoço, banho e sono, especialmente durante a semana. As crianças pequenas são mais fáceis de seguir a rotina e lidam superbem. Com o mais velho tenho mais dificuldade, principalmente em fazê-lo dormir no horário!”, confessa Fernanda.

Já Renata conta que só aprendeu a impor disciplina depois que a família aumentou. “Quando eu tinha apenas uma filha podia deixar as rédeas mais frouxas. Ela espalhava brinquedos, fazia o que queria e eu permitia. Agora já não posso abrir mão da disciplina. A bagunça de um é fácil de arrumar, mas e a bagunça de seis?”

Isso não significa, no entanto, que os pequenos não possam se divertir. “Eles são crianças e eu estimulo todo tipo de brincadeira saudável, mas também ensino que manter a casa arrumada é responsabilidade de todos”, disse.

6. Aquela imagem da mesa cheia é rara na maioria das famílias – sejam elas grandes ou pequenas

“As pessoas veem que somos uma família grande e sempre ficam imaginando que fazemos todas as refeições juntos à mesa, como uma família de comercial de margarina. Mas isso acontece pouco, pois cada um tem uma rotina diferente e as crianças têm horários específicos para comer. Felizmente nos finais de semana reunimos a trupe toda e fazemos reuniões deliciosas”, gaba-se Renata.

7. Mesmo em uma família grande é possível manter uma alimentação saudável

“Na minha casa, a alimentação das crianças é bem saudável. Refrigerante, por exemplo, não entra. Só libero chocolate depois dos 2 anos e com moderação. Procuro encher as refeições deles de vegetais e frutas e fazê-los experimentar coisas novas sempre. Apesar disso, não me considero radical”, conta Fernanda.

Algumas guloseimas e lanches são liberados para o mais velho, mas apenas nos finais de semana e sempre com moderação. A publicitária acredita que o segredo para garantir uma alimentação saudável está no planejamento do cardápio da semana, sempre priorizando a variedade de alimentos. Uma boa feira também é importante para manter a casa abastecida de frutas e legumes.

Para Renata, os filhos mais novos seguem o exemplo dos mais velhos e isso ajuda na educação alimentar. “Os pequenos comem os legumes porque veem os irmãos comendo. Já os mais velhos gostam de servir de exemplo e se sentem responsáveis pela alimentação dos menores. No fim, todos acabam comendo direitinho”, diz.

8. Criança pode – e deve – ajudar na limpeza e na organização da casa

Tratar o filho como um pequeno imperador, que é servido o tempo todo e não tem nenhuma atribuição, não faz bem nem para os pais nem para a criança. Inserir os pequenos aos poucos na divisão das tarefas da casa é saudável para o desenvolvimento deles e ainda diminui a carga sobre os ombros dos pais.

“Meus caçulas ainda são muito pequenos. Com o Arthur, de 5 anos, estou começando a ensinar coisas, como tirar o prato da mesa e levar à pia ou colocar as roupas sujas no cesto. O Kaique, de 18, não é mais criança e já ajuda mais. Ele arruma a cama, lava louça e até a cuidar do Arthur”, conta Fernanda.

9. Ter muitos filhos significa lidar constantemente com crises por causa da diferença de idades

Uma mãe de muitos filhos está mais do que acostumada a lidar com brigas. “O mais velho quer sempre atenção, tem programas diferentes dos menores. Temos que nos revezar para dar atenção a todos e tentar achar programas que agradem a todos”, explica Fernanda.

Ela conta ainda que adota a estratégia de envolver o filho mais velho nos cuidados com os mais novos. Assim, ele se sente responsável e útil. 

Renata ressalta que apesar das briguinhas, a relação entre os irmãos pode ser muito boa. “Ensinamos nossos filhos a protegerem uns aos outros. Eles brigam, como toda família, mas são unidos e deixam claro que no fundo se amam muito”, revela.

10. Viajar pode se tornar uma verdadeira odisseia

Viagens em família se tornam cada vez mais raras quando se tem muitos filhos. Isso porque organizar até um simples passeio exige muito planejamento. “Viajamos pouco, pois as crianças ainda são muito pequenas e realmente é bem trabalhoso viajar com todos. Para passear, precisamos sempre de 2 carros. Um maior de 7 lugares, com 4 cadeirinhas que comportam as crianças e outro para levar os carrinhos”, revela Fernanda.

Renata conta que faz uma viagem grande em família a cada 18 meses apenas, pois o evento requer muito planejamento. “É realmente caro viajar com muitos filhos e até o menor passeio exige muitas listas e planilhas, pois não dá para esquecer a papinha de um ou o brinquedo preferido de outro”.

A família toda escolhe o próximo destino e eles economizam juntos para garantir a viagem. Quando chega a data, os mais velhos ajudam na arrumação das malas e supervisionam dos pequenos durante os passeios. Os pais listam em aplicativos os itens essenciais para garantir que nada fique para trás.

11. As babás ou empregadas ajudam muito, mas não fazem todo o trabalho

“Tenho uma empregada que ajuda a cozinhar e limpar a casa. Mas sou eu quem monto o cardápio e faço as compras. Tenho também duas babás que são essenciais, pois trabalho fora. Elas ajudam com tudo relacionado às crianças - desde banho, comida, brincar até arrumação de quarto e roupas. Eu não conseguiria sozinha, meus pais e sogros moram longe”, conta Fernanda.

Apesar da ajuda, a publicitária não dispensa os cuidados com os filhos e acompanha de perto a rotina das crianças.

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